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Expedição Pantanal

O gado, a terra e a simplicidade da imensa cultura pantaneira

Por: Equipe Vai Por Mim e Ricardo Martins

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O som do berrante anuncia a chegada do sol. Junto com ele, os peões cavalgam em um cenário cheio de tons laranja, que é palco de um povo típico e cheio de histórias para contar.

O chapéu na cabeça não pode faltar, e o laço na mão é um item que nunca fica para trás. Ser pantaneiro é muito mais do que pertencer ao indescritível Pantanal. Ser pantaneiro é um estilo - dos mais bonitos - de vida!

Através de lentes sempre obstinadas pelos melhores cliques, o fotógrafo Ricardo Martins reverencia o Pantanal em mais um episódio da série Sinta a Viagem. Martins registra a incrível experiência de acompanhar uma comitiva pantaneira em seu trabalho diário com o gado.

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Cultura pantaneira: terra dos peões, boiadas e águas que transformam

Muito se fala da fauna e flora do Pantanal e de suas belíssimas paisagens, mas a riqueza da região contempla também a cultura do povo que a habita há centenas de anos. O peão pantaneiro é uma figura típica, tanto é que foi retratada em produções audiovisuais, como a novela Pantanal, originalmente transmitida pela TV Manchete em 1990.

A criação de gado também faz parte do imaginário coletivo quando o assunto é o estilo de vida pantaneiro. Tudo isso deve acompanhar o ritmo das águas do Pantanal, que, diga-se de passagem, é uma característica pra lá de especial.

Pensando na importância desses elementos tão emblemáticos da região, vamos aprofundar um pouco mais nos costumes desse povo.

Quem são os pantaneiros?

Um pantaneiro é qualquer pessoa que vive no Pantanal, no entanto, os moradores desempenham diferentes funções por ali. A ilustração mais comum de um pantaneiro seria a do peão, ou vaqueiro.

Esse é um personagem que carrega consigo os saberes do sertão, desde as atividades que promovem a sobrevivência da família até aquelas que movimentam a economia local. A pecuária é o principal exemplo de ofício que compõe a rotina dos habitantes rurais.

E os peões têm todo um estilo próprio, com suas calças jeans, botinas de couro e chapéu de palha na cabeça. Acompanhados de seus instrumentos, como facões, degustando o tereré em chifres de boi, os vaqueiros contam seus causos para transmitir tradições, lendas e crenças regionais.

Quanto às mulheres do Pantanal, é cada vez mais comum que elas estejam envolvidas em atividades turísticas. Não é raro ver mulheres trabalhando em fazendas que recebem hóspedes com o intuito de conhecer o Pantanal.

Já as gerações mais jovens nem sempre seguem o mesmo caminho dos pantaneiros mais experientes. A realidade é que a vida urbana tem atraído esse público.

Fotografia em preto e branco mostra homem pantaneiro montado em seu cavalo, cavalgando pela vegetação parcialmente inundada.
Homem pantaneiro, por Ricardo Martins.

O gado no Pantanal

A pecuária extensiva é a principal prática que gera recursos econômicos no Pantanal de Mato Grosso do Sul, isto é, a criação de gado em campo aberto. É a modalidade das fazendas tradicionais, através de técnicas e saberes centenários, o que inclusive possibilita o equilíbrio ecológico. Faz parte do modo de vida da população pantaneira, sabe?

Um espetáculo começa ao abrir as cortinas, ou melhor, aos primeiros raios de sol do dia: em posse de seus berrantes, homens conduzem o gado. Assim acontecem as comitivas, que são o ato de transportar o rebanho de um lugar para outro.

Nessa cena inesquecível, cada peão tem o seu papel:

  • Comissário é o dono da comitiva;
  • Ponteiro é que vai à frente dos bicho e toca o berrante;
  • Meieiro ou Rebatedor é quem acompanha os animais pelo meio, impedindo que se dispersem;
  • Culateiro ou Peão de Culatra é responsável por controlar o final da boiada;
  • Cozinheiro fica na função de montar o acampamento e preparar refeições.

Bom, nossa expedição pelo Pantanal não poderia deixar de apreciar o trabalho icônico dos peões, algo que representa fortemente a cultura pantaneira. Com muita emoção, nosso amigo fotógrafo reservou belas imagens dessa movimentação tão cheia de vida.

Dois peões montados em seus cavalos conduzem o gado. Há poeira no ar e, no centro da imagem, um cão latindo.
Ricardo Martins registra uma comitiva no Pantanal.

A importância do ritmo das águas no cotidiano do Pantanal

Aqueles que vivem na maior planície inundável do mundo já estão habituados ao ciclo das águas. De fato, a rotina da população é regida pelas duas estações, a chuvosa e a seca.

No período de chuvas (de outubro a março), o Rio Paraguai e seus afluentes transbordam e transformam a região, fazendo surgir rios e lagos transitórios. Os habitantes, então, adaptam suas atividades, e os animais ocupam as partes mais altas do Pantanal.

E na época de seca (de abril a setembro), os lagos e rios temporários viram barreiros, e são necessários maiores cuidados com a qualidade do pasto para não prejudicar todo o rebanho devido à presença de ervas daninhas.

Outros traços da cultura do Pantanal sul-mato-grossense

Podemos destacar, ainda, outros aspectos que compõem a rica cultura da região. O uso de plantas para fins medicinais é um deles, herança da cultura indígena que influencia o povo pantaneiro.

A música também traz o retrato da vida no Pantanal. Além das tradicionais rodas onde se contam histórias acompanhadas do som da viola ou da sanfona, diversas canções fazem menção às belezas do Pantanal.

Pantanal, composição de Marcus Viana, Trem do Pantanal, do mato-grossense Almir Sater, e Adeus Pantanal, de Itamar Assumpção, são algumas das obras que remetem à realidade pantaneira.

Venha para a terra do pantaneiro e apaixone-se por sua fauna e flora únicas

O Pantanal é o lugar onde características da Mata Atlântica, Amazônia e Cerrado se misturam. Isso explica a singularidade da fauna e flora pantaneiras, ainda que existam animais que instantaneamente nos fazem pensar nesse bioma, como a onça-pintada, por exemplo.

Mas tem um bicho que merece ser mencionado: o Tuiuiú ou Jaburu, que é considerado o símbolo do Pantanal. Ele se destaca entre outras aves, já que é a maior ave aquática das Américas. Sim, animais dessa espécie podem chegar a 3 metros de envergadura e 1,60 metros de altura.

Quer conhecer mais bichos que habitam o reino das águas?

O nascer do sol pantaneiro é de tirar o fôlego

O sol nasce e, através das lentes de Ricardo Martins, desenha o contorno dos bichos e do homem pantaneiro que guia a boiada. Uma cena linda, de aquecer o coração: esse é o nascer do sol no Pantanal!

Nascer do sol no Pantanal. Raios de luz incidem sobre dezenas de bois e, montados em cavalos, os peões com chapéus.
E nasce o sol no Pantanal (fotografia de Ricardo Martins).

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Conheça o Pantanal no melhor estilo!

Pantanal: Reserva da Biosfera e Patrimônio Natural da Humanidade, pela UNESCO. São títulos que não deixam esquecer do nosso dever de preservar o ecossistema e a cultura da região. Aliás, turismo consciente é um valor indispensável para quem visita locais tão preciosos, combinado?

Dito isso, saiba que sua viagem pela Transpantaneira pode ser feita de duas formas. Uma delas é com um carro de passeio na fase de seca; a outra, com um 4x4 no período de enchentes.

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